Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Foi no momento de esplendor de Atenas e da democracia ateniense que Sócrates (470-399 a.C) floresceu, expressão que tradicionalmente designa o período de atuação dos filósofos, em especial da Antigüidade.
Sócrates estudou as doutrinas de seus antecessores (os chamados pré-socráticos) e concluiu que elas eram um emaranhado de teorias conflitantes, além de inexistir um modo efetivamente satisfatório de se decidir por uma delas.
Além disso, Sócrates também questionou o interesse do conhecimento desenvolvido pelos que vieram antes dele, o qual se voltava para a natureza o mundo e do universo. Sócrates se perguntava em que isso afeta o nosso comportamento. Para ele, mais importante era saber o que é bom, o que é certo, o que é justo, ou seja, estabelecer um conhecimento que ajudasse a pautar uma conduta correta para o ser humano.
A cada resposta, fazia novas perguntas, levando a pessoa a aprimorar sua resposta inicial ou descartá-la. Desse modo, basicamente ele estimulava a discussão e se definia como um "parteiro de idéias". Vale lembrar que a crença em idéias abstratas, como bondade, beleza, justiça, etc., seria desenvolvida posteriormente por seu discípulo Platão.
De qualquer modo, a postura de Sócrates exerceu uma influência subversiva sobre os atenienses, pois ele os ensinava a questionar tudo e, além disso, muitas vezes expunha a ignorância de indivíduos com poder e autoridade.
O governo de Atenas, contudo, não reagiu com o mesmo bom humor às práticas socráticas. Ao contrário, prendeu-o por corrupção da juventude e por questionar os deuses da cidade. Condenou-o a morrer por envenenamento, bebendo cicuta. Entretanto, deu-lhe oportunidade de defender-se e negar seus ensinamentos.
Apesar de dizer que não tinha ensinamentos positivos a oferecer, mas apenas perguntas a fazer, a linha de questionamento de Sócrates revela as crenças subjacentes a muito do que ele diz. Duas delas merecem ser destacadas.
Uma delas é que o ser humano deve preservar sua integridade acima de tudo. Para Sócrates, a verdadeira catástrofe consiste na corrupção da alma. Por isso, ele dizia que é melhor sofrer uma injustiça do que cometê-la.
Foi devido a essa crença na integridade que Sócrates preferiu envenenar-se a contradizer-se ou a negar suas idéias. Morrendo, ele cumpria o seu dever para consigo mesmo. É interessante notar que essas idéias de Sócrates encontram eco nas palavras de Jesus Cristo: "De que vale a um homem ganhar o mundo todo se perder sua alma?". Ou ainda no dramaturgo Shakespeare: "Acima de tudo, sê verdadeiro contigo mesmo".
Para finalizar, é importante lembrar que Sócrates era contra a arte de escrever, que ele julgava prejudicar a memória. Assim, não deixou nenhuma obra. Tudo que sabemos dele vem basicamente da obra de seu discípulo Platão que, em seus "Diálogos", apresenta Sócrates como personagem principal.
Sócrates estudou as doutrinas de seus antecessores (os chamados pré-socráticos) e concluiu que elas eram um emaranhado de teorias conflitantes, além de inexistir um modo efetivamente satisfatório de se decidir por uma delas.
Além disso, Sócrates também questionou o interesse do conhecimento desenvolvido pelos que vieram antes dele, o qual se voltava para a natureza o mundo e do universo. Sócrates se perguntava em que isso afeta o nosso comportamento. Para ele, mais importante era saber o que é bom, o que é certo, o que é justo, ou seja, estabelecer um conhecimento que ajudasse a pautar uma conduta correta para o ser humano.
Método socrático
Porém, o filósofo acreditava que ninguém tinha as respostas definitivas para essas perguntas. Desse modo, perambulava por Atenas, fazendo as questões que considerava básicas sobre moralidade e política. As pessoas se reuniam a sua volta e Sócrates lançava uma questão.A cada resposta, fazia novas perguntas, levando a pessoa a aprimorar sua resposta inicial ou descartá-la. Desse modo, basicamente ele estimulava a discussão e se definia como um "parteiro de idéias". Vale lembrar que a crença em idéias abstratas, como bondade, beleza, justiça, etc., seria desenvolvida posteriormente por seu discípulo Platão.
De qualquer modo, a postura de Sócrates exerceu uma influência subversiva sobre os atenienses, pois ele os ensinava a questionar tudo e, além disso, muitas vezes expunha a ignorância de indivíduos com poder e autoridade.
Envenenamento
Tornou-se assim uma pessoa mal-vista. O dramaturgo Aristófanes faz uma caricatura dele na peça "As Nuvens", onde um pai manda o filho estudar com Sócrates para aprender uma maneira de não pagar as contas e de convencer os credores de que eles não devem ser pagos.O governo de Atenas, contudo, não reagiu com o mesmo bom humor às práticas socráticas. Ao contrário, prendeu-o por corrupção da juventude e por questionar os deuses da cidade. Condenou-o a morrer por envenenamento, bebendo cicuta. Entretanto, deu-lhe oportunidade de defender-se e negar seus ensinamentos.
Apesar de dizer que não tinha ensinamentos positivos a oferecer, mas apenas perguntas a fazer, a linha de questionamento de Sócrates revela as crenças subjacentes a muito do que ele diz. Duas delas merecem ser destacadas.
Uma delas é que o ser humano deve preservar sua integridade acima de tudo. Para Sócrates, a verdadeira catástrofe consiste na corrupção da alma. Por isso, ele dizia que é melhor sofrer uma injustiça do que cometê-la.
O conhecimento é a virtude
A outra é a de que ninguém comete conscientemente um erro: se sabe que vai fazer algo errado, você simplesmente não o faz. Nesse sentido, o mal é consequência da ignorância e a busca do conhecimento coincide com a busca da virtude.Foi devido a essa crença na integridade que Sócrates preferiu envenenar-se a contradizer-se ou a negar suas idéias. Morrendo, ele cumpria o seu dever para consigo mesmo. É interessante notar que essas idéias de Sócrates encontram eco nas palavras de Jesus Cristo: "De que vale a um homem ganhar o mundo todo se perder sua alma?". Ou ainda no dramaturgo Shakespeare: "Acima de tudo, sê verdadeiro contigo mesmo".
Para finalizar, é importante lembrar que Sócrates era contra a arte de escrever, que ele julgava prejudicar a memória. Assim, não deixou nenhuma obra. Tudo que sabemos dele vem basicamente da obra de seu discípulo Platão que, em seus "Diálogos", apresenta Sócrates como personagem principal.